Diabetes é uma condição clínica que tem como principal característica a produção inadequada ou insuficiente de insulina pelo organismo. Assim, o metabolismo da glicose fica prejudicado, fazendo com que a pessoa apresente altos níveis de açúcar no sangue. Existem diferentes tipos de diabetes, causados por diferentes motivos. Mas sem o acompanhamento profissional e o controle adequado, o diabetes é um possível desencadeador de transtornos potencialmente graves, que têm grande impacto na qualidade de vida das pessoas que convivem com o quadro.¹
Pé diabético é um termo que engloba complicações vasculares e neurológicas que podem se desenvolver nas pernas e nos pés das pessoas que convivem com diabetes. Dentre diversos desdobramentos, destacam-se as feridas persistentes e que, em geral, vão se agravando, além do alto risco de amputação do membro afetado.
Para identificar o pé diabético, a anamnese (uma conversa entre médico e paciente) é uma ferramenta importante para identificar casos que não apresentem sintomas claros. Os detalhes são importantes: pancadas, calos, fissuras e micoses podem ser um sinal de alerta. Também são observados o histórico familiar, a adesão ao tratamento e há quanto tempo foi feito o diagnóstico do diabetes.² É possível contribuir com a prevenção, ficando atento a sintomas mais específicos.
São chamados sintomas sensoriais aqueles que têm as sensações como alerta: queimação, pontadas, agulhadas, formigamentos, dormência, dor, frio nos pés ou cãibras. já os sintomas motores podem ser identificados por comprometerem a mobilidade, por exemplo, a atrofia da musculatura, deformidades nos dedos ou nos pés, ossos pontudos, calos ou feridas na sola do pé. Por fim, existem os sintomas autonômicos, que são resultados da degeneração do sistema nervoso autônomo e têm como manifestações o ressecamento da pele, fissuras e alterações nas unhas.³
O tratamento do pé diabético tem foco no controle rigoroso dos níveis glicêmicos e demais complicações metabólicas do diabetes, para minimizar as manifestações desagradáveis. Também são utilizados medicamentos tópicos ou procedimentos cirúrgicos para amenizar os incômodos já instalados.²
Os altos níveis de açúcar no sangue podem gerar complicações microvasculares. E os olhos são altamente sensíveis a essas alterações. A retinopatia diabética, como é chamada a doença ocular em decorrência do diabetes, dentre as complicações oculares é a complicação microvascular mais comum do diabetes. Ela é a maior causa de cegueira na população economicamente ativa. Outros problemas também estão associados à evolução e descontrole do diabetes, como: a catarata, o glaucoma, a neuropatia óptica isquêmica, as paralisias de nervos cranianos e a síndrome de erosão da córnea recorrente.⁴
A neuropatia diabética é a complicação tardia mais comum do diabetes, com potencial para comprometer diversos tecidos do corpo. Assim, suas manifestações podem ocorrer em diferentes partes do corpo, e os principais sinais são: dor contínuae constante; sensação de queimadura e ardência; formigamento; dor espontânea que surge de repente, sem uma causa aparente; dor excessiva diante de um estímulo pequeno, ou causada por toques que normalmente não seriam dolorosos. O reconhecimento dos sintomas iniciais pelo médico durante as consultas de controle é fundamental, além da administração de medicamentos que auxiliam no controle dos sintomas.⁵
Juntamente com a neuropatia e as complicações oftalmológicas, a nefropatia diabética é também uma complicação microvascular do diabetes. É uma condição potencialmente grave, que está associada a casos de insuficiência renal e maiores chancesde complicações cardiovasculares graves. O problema não apresenta sintomas inicialmente, mas exames laboratoriais devem ser rotineiros para identificar substâncias na urina e em excesso no sangue, que possam indicar alterações renais. Pela sua evolução lenta, é importante considerar há quanto tempo já se convive com o diagnóstico de diabetes e outras comorbidades relacionadas, como hipertensão arterial e colesterol elevado.⁶
Quando a resistência à insulina e hiperglicemia são identificadas
pela primeira vez no decorrer da gestação, chamamos de diabetes
gestacional. Esse quadro merece muita atenção, pois pode haver
complicações indesejadas para a mãe e o bebê. Para a gestante, é
importante iniciar o tratamento para controle glicêmico, seguir
orientações nutricionais e iniciar uma rotina orientada de exercícios
físicos assim que possível, com objetivo de manter os níveis
metabólicos seguros para si mesma e para o bebê.⁷
As possíveis
complicações para o bebê passam por problemas que surgem logo ao
nascer, como prematuridade, macrossomia, icterícia, síndrome de
dificuldade respiratória ou infecções. Mas existem quadros que podem
acompanhar a criança até a vida adulta, como maior risco de obesidade,
hipertensão arterial sistêmica, síndrome metabólica e diabetes. A
melhor estratégia é manter o acompanhamento pré-natal adequado.⁸
Referências bibliográficas: 1. Ministério da Saúde. "Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus". Sociedade Brasileira de Diabetes. 2. Caiafa, JS. et al. "Atenção integral ao portador de pe diabético". Jornal Vascular Brasileiro (online), 2011, v 10, n. 4 suppl 2, pp. 1-32. [Acessado em 10 de Outubro de 2021]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1677-54492011000600001> Epub 31 jan 2012. ISSN 1677-7301. 3. Boulton, AJ. "The pathogenesis of diabetic foot problems: an overview". Diabet Med 1996; 13:S12-6. 4. Henriques, J., Vaz-Pereira, S., Nascimento, J., Rosa, PC "Doença Ocular Diabética". Acta Med Port; 28(1): 107-13, 2015, Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-25817504. 5. Almeida, T., Cruz, SC, "Neuropatia diabética". Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 23(5), 605-13, https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i5.10409> 6. Santos, AL. et al. "Microvascular complications in type 2 diabetes and associated factors: a telephone survey of self-reported morbidity. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2015, v. 20, n. 3, pp. 761-770. [Acessado em 10 de Outubro de 2021]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232015203.12182014. ISSN 1678-4561, https://doi.org/10.1590/1413-81232015203.12182014. 7. Schmidt, MI., Reichelt, AJ. "Consenso sobre diabetes gestacional e diabetes pré-gestacional". Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia [online]. 1999, v. 43, n. 1, pp. 14-20. [Acessado em 10 de Outubro de 2021]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0004-27301999000100005. Epub 13 Jul 2010. ISSN 1677-9487. https://doi.org/10.1590/S0004-27301999000100005 8. Freires. JD>, Azevedo, O., Souza, O., Lima, M., Lima, D., Porfirio, P., Pereira, D. Viera, V. "Diabetes Gestacional E Complicações Fetais/Neonatais". CC BY-NC-ND 4.0 - International Journal of Nutrology 2018; 11(S 01): S24-S327. DOI: 10.1055/s-0038-1674592.
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